Os apelidos dados aos jogadores de futebol são um dos temperos mais saborosos desse esporte que tanto amamos. O site da Uefa fez uma compilação com alguns dos mais divertidos e a lista é muito boa. Como era de se esperar, os italianos estão muito presentes, como era de se esperar no país mais parecido com o Brasil nessa veia latina. Há algumas boas histórias aí. Escolhemos algumas para mostrar, mas recomendamos fortemente que você visite a lista completa. Vamos à nossa seleção:
Bundão
Pois é, tem um jogador que foi carinhosamente chamado assim durante a sua carreira. O apelido não traz o mesmo sentido que usamos no Brasil. Em Montenegro, a palavra que representa isso, “guzo”, é usada para descrever uma pessoa preguiçosa. A torcida do Buducnost Podgorica, porém, usava com carinho para falar de Dragan Vukojic, que defendeu o clube nos anos 1970 e 1980. A habilidade e visão de jogo compensavam a preguiça do jogador.
Demônio
Ridvan Dilmen foi um ídolo do Fenerbahçe entre 1987 e 1995 e acabou ganhando o apelido que o aproxima do inferno. No bom sentido, se é que isso é possível. Era chamado pela torcida turca de “Seytan”, demônio, por ser rápido, ágil e esperto.
Aviãozinho

Vincenzo Montella foi um grande atacante. Mas o grande, no caso, é metafórico, porque ele mede 1,72 metro. Defendendo a Roma em boa parte da carreira, o atacante, atualmente técnico da Fiorentina, costumava comemorar seus gols com os braços abertos, como um avião. Daí o apelido.
Tio
O zagueiro Giuseppe Bergomi se tornou um dos jogadores mais importantes da história da Internazionale, mas o apelido veio quando ele subiu das categorias de base para o time profissional do clube de Milão. Giampiero Marini ficou abismado com o tamanho do bigode do jogador. “O que? Você tem mesmo 18 anos? Você parece com o meu velho tio”, teria dito Marini. E aí ele ficou para sempre como “Zio”, tio em italiano.
Assassino com cara de bebê
Ole Gunnar Solskjaer nunca foi um craque, mas tinha uma característica marcante: era um talismã do Manchester United. Uma espécie de Tupãzinho do time da cidade industrial da Inglaterra. Pelos seus gols importantes e decisivos – entre eles o da virada maluca da final da Liga dos Campeões de 1999 –, o atacante norueguês ganhou esse apelido que é muito divertido: o assassino com cara de bebê. Esse tem tudo para ser o campeão do quesito apelido.
Jardineiro
Eis um apelido pouco usual para um jogador de futebol. Julio Cruz defendeu a Internazionale entre 2003 e 2009. Mas o apelido vem de antes, muito antes. Em 1993, ele trabalhava como jardineiro no Banfield e entrou em campo para completar o time em um treino. Agradou tanto que ganhou um contrato e fez a sua carreira a partir daí, mas o apelido ficou.
Gigante adormecido
Esse é até óbvio. Roman Pavlyuchenko tem 1,88 metro e se notabilizou defendendo o Spartak Moscou, entre 2003 e 2008, antes de defender o Tottenham entre 2008 e 2012. Atualmente, joga no Lokomotiv Moscou. O apelido foi dado quando Guss Hiddink era técnico da seleção russa, porque o atacante marcava alguns gols decisivos, mas tinha como característica desaparecer da maioria dos jogos.
Esfinge
Esse é um apelido bastante curioso. Robert Herbin foi jogador o Saint-Étienne entre 1957 e 1972, quando se tornou técnico. Foi aí que ganhou o apelido. Suas entrevistas eram de poucas palavras. Sempre misterioso quando falava, o técnico acabou apelidado como a mítica criatura que dá nome ao monumento egípcio.
Trator

Não, não tem nada a ver com o trato que Renato Gaúcho falava. No caso de Javier Zanetti, o apelido veio logo quando ele foi contratado pela Inter, em 1995. A razão? O então jogador de 22 anos tinha como característica a força física e sua resistência. O apelido é tão justo que continua valendo mesmo aos 40 anos e ainda em atividade pelo clube italiano.
Mágico de Oz
Harry Kewell era um dos mais promissores jogadores do futebol inglês no final dos anos 1990, quando fazia uma grande dupla de ataque com o compatriota australiano Mark Viduka no Leeds. Sua passagem pelo Liverpool acabou sendo decepcionante, mas o apelido veio quando ele foi para o Galatasaray. Aparentemente, faz muito sentido, já que o Mágico de Oz não era bem um mágico, mas um ilusionista que se passava por feiticeiro. Kewell continua praticando seus atos de ilusionismo no Melbourne Heart, da sua terra natal.